04 março 2006

Senhora das Necessidades nos valha! É Correio da Manhã, Público, Diário de Notícias, Expresso...

Acordaram os fantasmas nas Necessidades. No Correio da Manhã, o jornalista António Sérgio Azenha levanta a ponta do véu desse Fundo para as Relações Internacionais, antigo saco azul que Deus Pinheiro formatou (era o verbo que ele mais adorava) para um cenário de duvidosa legalidade e que Durão Barroso resolveu no actual figurino discreto com que os emigrantes nem sonham mas emolumentam.

No Público, a jornalista Teresa de Sousa fez observações de mestre sobre esta mais recente conduta para-islâmica ou pene-islâmica de DFA e que NV não hesitam em dizer: subscrevemos, obrigado Teresa de Sousa, tens coragem.

No Diário de Notícias, o jornalista Filipe Santos Costa descreve instruções de DFA que fazem ou podem fazer de cada embaixador uma espécie de espião/espia de qualquer membro do governo (visitas de Sócrates também?) , obrigados que são a reportes certamente através de meios e procedimentos que não tornam obrigatórias cópias para a Presidência da República, portanto por ofício ao gabinete e não pormero telegrama para a Cifra - outra herança dos tempos de Barroso-MNE para bloquear, então, informações a Soares-PR...

E, como se não bastasse o que o Correio da Manhã denuncia e alerta, o Público adverte e o Diário de Notícias revela para estupefacção geral, aí tivemos o Expresso com as explicações para rasurar as faltas de DFA em reuniões internacionais com agenda relevante. Claro que NV no meio disto não são nada.

Acordaram, pois, os fantasmas das Necessidades. Mas vale a pena, então, recordar que esses fantasmas sempre existiram. Daí que certos diplomatas já tenham recebido ordens, instruções expressas para não falarem com jornalistas. Quem lucra com isto?

Sobre fantasmas, aproveitemos para relembrar que, segundo a lenda, a capela do Palácio, essa Capela da Senhora das Necessidades, e poucos o sabem, está cheia de podridão, e nas catacumbas jazem os ossos dos "duendes", as almas "penadas" dos Távoras e de outras vítimas que em espiral e invisíveis flutuam dentro das salas do Palácio... É a lenda, mas nunca é de fiar que seja apenas lenda, pelo que é aconselhável que os diplomatas se façam acompanhar de um símbolo que lhes diz respeito e aqui se reproduz.

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