16 março 2006

Aí temos DFA! Mais vale pequeno atraso que nunca

Ainda bem. Ainda bem DFA. Mais vale fazer hoje o que podia ter sido feito ontem - uma declaração assinada pelo Ministro que é único porta-voz da nossa Diplomacia e ninguém por ele. E neste atraso, as Necessidades (14:22 de Lisboa)estão bem acompanhadas pelo Quai d’Orsay (15:56, de Paris) que também se atrasou. Ganhou - como demos conta – a diplomacia londrina (ontem, 15, às 19:27) que tem o mesmíssimo fuso horário de Lisboa. Ainda bem, mas nada. nada de relacionar esta Declaração do MNE com o que NV se sentiram obrigadas a dizer, por muito que isso tivesse custado ao fiel embaixador do Irão. E porque ainda bem, DFA merece transcrição na íntegra aqui em NV e não essa subalterna remissão para Notas Formais.
Segue e arquive-se.



Declaração
do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros
sobre a criação do Conselho dos Direitos Humanos
da ONU

«Portugal congratula-se com a criação do Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas hoje aprovada em Nova Iorque.

«Através do Ministério dos Negócios Estrangeiros, e em particular das suas Missões junto das Nações Unidas em Nova Iorque e em Genebra, Portugal esteve na primeira linha e empenhou-se muito activamente neste processo. É com grande satisfação que encara este resultado que é o culminar de cinco meses de difíceis negociações. Trata-se de um passo muito importante na implementação da Reforma das Nações Unidas decidida pelos Chefes de Estado e de Governo em Setembro 2005.

«Portugal deposita grandes esperanças neste novo Organismo das Nações Unidas e considera que o Conselho de Direitos Humanos será um elemento fundamental no reforço do sistema de protecção e promoção de Direitos Humanos das Nações Unidas. Este novo órgão herda da Comissão de Direitos Humanos um conjunto de instrumentos que muito tem contribuído para a melhoria da situação de direitos humanos no mundo. É justo recordar, aliás, que a Comissão de Direitos Humanos e os seus instrumentos prestaram um contributo inestimável à questão de Timor Leste.

«Nessa mesma linha, Portugal acredita que o Conselho de Direitos Humanos contem novos aperfeiçoamentos do sistema de promoção e protecção de Direitos Humanos que nos permitirão continuar a criar, através do diálogo e da cooperação, um maior respeito por esse direitos sejam eles civis, culturais, económicos, políticos ou sociais.

Diogo Freitas do Amaral

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