«...A prática consular é tradicionalmente desvalorizada e há quem ache ( incluindo alguns dos que o ilustre CA elegeu como "geniais" ou "excelentes") que entende ser mais relevante para a nação portuguesa integrar uma daquelas delegações que o Assistant Under Secretary for European Affairs recebe de quando em quando, ou assessorar uma das equipas negociadoras dos sobressalentes para F-16, do que ser Cônsul Geral em qualquer canto do Velho ou Novo Mundo onde os nossos modestos ilustres compatriotas se homiziam.
«Mas o episódio que relata lembrou-me um outro que reavivo.
«Em circunstâncias de abertura da nossa representação numa antiga colónia onde os pensionistas da Caixa Geral de Aposentações tinham que fazer a requerida prova anual de vida, apresentou-se à Cônsul um senhor com um requerimento por si assinado em que declarava vir fazer prova de vida do irmão, falecido no ano passado.
«Quem testemunhou ainda hoje se arrepende de não ter guardado cópia do requerimento, mas todos os cidadãos utentes têm o direito à salvaguarda da sua privacidade por parte da administração. O utente consular mereceria ter sido condecorado com a Grã Cruz da Ordem da Ingenuidade.
«Como se vê nem tudo são espinhos nas ingratificadas práticas consulares.
Diplomacia portuguesa. Questões da política externa. Razões de estado. Motivos de relações internacionais.
15 abril 2006
Dos Notadores. Prova de vida. Vida consular à prova...
Dos Notadores (M.) - Caso de ressurreição... consular.
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