01 abril 2006

Fala Fernanda Leitão. Carta de Toronto muito a sério

Hoje fala Fernanda Leitão. É a Carta do Canadá. A não perder em Comunidades Portuguesas (clique AQUI). É longa a carta, mas vale pela sábado das Necessidades e, já agora, pelo domingo de Belém.


Mas, para já, em Notas Verbais, um extracto de se lhe tirar a boina ou chapéu conforme a cobertura usada para as coisas pensantes: «Não podemos deixar de apontar, como irresponsáveis cúmplices, todos os que fecharam os olhos a este estado de coisas e, na prática, taparam aqueles que bem conhecem. Esses falsos vesgos, que andam agora por aí aos gritos a clamarem a sua inocência, a sangrarem-se em saúde, são os próprios Conselheiros das Comunidades, sempre tão prontos a criticar o governo de Lisboa, a querer dar-lhe lições, sempre armados em salvadores da Língua Portuguesa (que muitos deles tratam tão mal), mas que não foram capazes de avisar, a tempo e horas, quem de direito. A lista segue com o Congresso Luso-Canadiano, a Federação dos Homens de Negócios, os empreiteiros que empregaram ilegais e bem lhes soube porque eram calados, os sindicatos da construção que cobravam quotas a esses trabalhadores, os próprios padres que bem sabiam de toda esta lástima, os dirigentes dos clubes, a comunicação social local que se calou. O único conselheiro social consular com coragem para denunciar toda esta situação, o de Toronto, está gravemente doente há muitos meses. O de Otava, de quem os de rabo entalado lamentam a cessação de contrato, consumiu a maior parte do seu tempo com um curso de Português na Universidade de Otava, bem controverso, e com noites de cinema português.»

Quem fala assim...

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