É verdade. Há um estudo feito sobre a reestruturação consular mas a versão final ainda não está concluída. Só por irresponsabilidade se pode apresentar como decisão política assente aquilo que está num estudo. Como estudo, é um estudo bem feito, independentemente dos reparos que possam e até devam ser dirigidos. Mas é um estudo, nada tem a ver com aqueles dois ou três papelinhos A4 da «reestruturação» de Cesário e que em devido tempo NV deram conta. Temos dito e redito que essa matéria, à partida, dificilmente pode gerar consenso alargado - quase nos atrevemos que jamais obterá consenso, pois trata-se de lençol com metade do tamanho da cama e, além disso, matéria sobre a qual Portugal nunca pensou com total seriedade política. Os consulados, desde a longínqua década de 60, foram sempre vistos como caça-níqueis da Emigração, pouco mais. Liquidou-se a carreira consular (autónoma, especializada e pautada por critérios de excelência) e apenas se pensou no mapa. Ora o mapa está para uma rede consular assim como um fato ou uma saia está para o corpo... O melhor fato e a melhor saia não dão quota de inteligência ao corpo, sobretudo quando a saia é muito comprida ou as calças se arregaçam por mero oportunismo político ou conveniência de estilo.
Diplomacia portuguesa. Questões da política externa. Razões de estado. Motivos de relações internacionais.
01 abril 2006
Reestruturação consular. Quando o lençol é mais pequeno que a cama...
É verdade. Há um estudo feito sobre a reestruturação consular mas a versão final ainda não está concluída. Só por irresponsabilidade se pode apresentar como decisão política assente aquilo que está num estudo. Como estudo, é um estudo bem feito, independentemente dos reparos que possam e até devam ser dirigidos. Mas é um estudo, nada tem a ver com aqueles dois ou três papelinhos A4 da «reestruturação» de Cesário e que em devido tempo NV deram conta. Temos dito e redito que essa matéria, à partida, dificilmente pode gerar consenso alargado - quase nos atrevemos que jamais obterá consenso, pois trata-se de lençol com metade do tamanho da cama e, além disso, matéria sobre a qual Portugal nunca pensou com total seriedade política. Os consulados, desde a longínqua década de 60, foram sempre vistos como caça-níqueis da Emigração, pouco mais. Liquidou-se a carreira consular (autónoma, especializada e pautada por critérios de excelência) e apenas se pensou no mapa. Ora o mapa está para uma rede consular assim como um fato ou uma saia está para o corpo... O melhor fato e a melhor saia não dão quota de inteligência ao corpo, sobretudo quando a saia é muito comprida ou as calças se arregaçam por mero oportunismo político ou conveniência de estilo.
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