28 abril 2006

"Lição de embaixador". As Necessidades no seu melhor

Assim mesmo. Publicamos o seguinte testemunho, não só pelo testemunho mas também porque testemunhámos e testemunhamos continuar a verificar-se:

«Nunca mais me esqueço, quando eu era adida, um senhor Embaixador (que tinha sido CG em Toronto!) ter-nos ido explicar - a mim e aos meus colegas em formação no ID - que a regra número um no estrangeiro era fugir dos nossos compatriotas (sic), que são uma "gentinha" horrível (resic) que só traz complicações e vergonhaças...

«Logo, há dois tipos de consulados: aqueles onde há portugueses (alguns em França, na Suiça, América do Norte, Brasil, Venezuela, África do Sul...) que dão trabalho e são "para os pretos" (para premiar algum desgraçado que esteve três anos em Kinshasa...) e depois há os outros, a "carne limpa", onde antigamente também se contava Londres, e que hoje ficam, sobretudo, em Espanha (escandalosamente bem pagos, por sinal), no sul de França, em Milão, Nova Iorque..., onde não há emigrantes à vista e os Srs. Cônsules podem portanto fazer aquilo para que são pagos pelos contribuintes - isto é, nada.


Diziam os latinos que a sorte protege os audazes, devemos nós, descendentes dos latinos corrigir o lema: uma democracia à sorte protege os impunes. Quanto mais disparate, maior promoção.

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