Os 47 Estados eleitos
Por regra, os 47 Estados do novo conselho são eleitos para um mandato de três anos, renovável uma única vez, mas como se tratou da primeira escolha, os mandatos iniciais obedecem à seguinte escala:
Até 2009: Alemanha, Arábia Saudita, Azerbeijão, Bangladesh, Camarões, Canadá, China, Cuba, Djibouti, Federação Russa, Jordânia, Malásia, Maurícias, México, Nigéria, Suiça e Uruguai.
Até 2008: Brasil, França, Gabão, Gana, Guatemala, Japão, Mali, Paquistão, Peru, República da Coreia, Roménia, Reino Unido, Sri Lanka, Ucrânia e Zâmbia.
Até 2007: Argélia, África do Sul, Argentina, Bahrein, Equador, Finlândia, Índia, Indonésia, Marrocos, Holanda, Polónia, República Checa e Tunísia.
Diplomacia portuguesa. Questões da política externa. Razões de estado. Motivos de relações internacionais.
13 maio 2006
Conselho dos Direitos Humanos/ONU. Portugal ficou no caminho e emudeceu
Desaire está no silêncio oficial. Na verdade ouviu-se dizer (não é verdade, Bernardo Ivo Cruz?) que Portugal se candidatara a membro fundador do novo e importante Conselho dos Direitos Humanos da ONU cuja primeira reunião (47 Estados eleitos) está marcada para 19 de Junho, em Genebra. Ouviu-se dizer mas, oficialmente, nada mais – o assunto caiu porque uma qualquer candidatura portuguesa tão depressa é jóia da coroa como, face a desaire diplomático (sem dúvida foi desaire pela defesa fraca mas não é desastre), arrasta-se para um silêncio de pelourinho o órgão, o organismo, a agência, a instituição ou seja o que for que Lisboa tenha goradamente ambicionado. É mau que assim seja, porque é mau perder – e neste perder Portugal viu-se acompanhado pela Grécia no que diz respeito ao grupo da Europa Ocidental. Mas o que é difícil de aceitar é que nem o MNE tenha feito comunicado oficial sobre a matéria de fundo – o que seria de esperar em função do reiterado interesse e até profissão de fé pelo multilateralismo, tal como consta no programa do Governo com honras de primazia. Ao menos uma congratulação pela presença do Brasil, único Estado lusófono eleito (delegação na foto). É como se nada tivesse acontecido na 80.ª sessão plenária da Assembleia Geral ou como se nada ou pouco possa existir onde Portugal não está ou não consegue entrar.
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