12 maio 2006

Day Trading do comendador Albertino.Ou a vida de ACM numa Embaixada não alternativa

"Decálogo do Operador". E por causa dos selos e da comenda, sim, vale a pena reler agora no n.º 1 da Revista Negócios Estrangeiros (MNE), de Março de 2001, a excelente peça de António Martins da Cruz intitulada "Day Trading ou a vida numa Embaixada não alternativa". Mas que excelente peça! Como se sabe, o ex-MNE (2002-2003) e embaixador em Madrid (1999-2001), foi o proponente da condecoração conferida (Sampaio/10 de Junho de 2000) ao filatelista Albertino o qual sentiu no peito esse peso patriótico da Ordem do Mérito com serrilha na linguagem dos selos, em Novembro de 2001, das mãos do próprio embaixador que, em Setembro de 2005, entraria para o conselho de administração do Escala Group/Afinsa do já meritoso comendador Albertino. De resto, o Presidente Cavaco Silva deve estar muito bem informado pois tem junto de si quem esteve perto do outro.

Então releia-se a parte final da peça de ACM:

"O trabalho em algumas Embaixadas, e muito provavelmente em Madrid, aproxima-se cada vez mais do day trading, a técnica de investimento na bolsa que procura tirar benefícios da oscilação diária das cotações.

"O decálogo do operador é simples:

"1 – não tentar saber tudo de um dia para o outro;
"2 – não ter medo de perder, mas limitar as perdas;
"3 – aprender à própria custa a melhorar os conhecimentos do mercado;
"4 – tentar prever a evolução, sabendo que raras vezes consegue;
"5 – cultivar a paciência, a perseverança e a capacidade de decisão;
"6 – não procurar ganhar em cada operação, já que o que conta é o lucro final e não os benefícios de cada movimento;
"7 – saber ser flexível, já que não há uma estratégia única;
"8 – o acesso imediato às informações e a rapidez das decisões são condições para o êxito;
"9 – a diferença entre ganhar e perder depende muitas vezes da disciplina;
"10 – é fundamental manter a confiança da direcção da empresa.

"Os day traders são como os diplomatas – todos os dias arriscam a sua reputação em valores que são cada vez mais voláteis. Até escrever artigos como este."


António Martins da Cruz, in Negócios Estrangeiros, Nº. 1, Março de 2001

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