28 julho 2006

Amnistia de Angola... ...não quer amnistias em Cabinda

E uma carta para Eduardo dos Santos? A secção Angola da Amnistia Internacional discorda do anunciado perdão dos crimes que se cometeram em Cabinda no quadro do conflito militar neste território. Gaspar Cosme, dirigente da secção angolana, ousou afirmar que uma lei de amnistia para o caso de Cabinda, colide com os regulamentos da organização que entende que todos os crimes cometidos devem ser julgados e os seus autores condenados conforme a gravidade da infracção cometida.

«A visão da Amnistia Internacional quanto a esta provável amnistia para aqueles que tenham cometido crimes durante o conflito militar é de que estes indivíduos devem ser apresentados perante um tribunal e merecerem um julgamento justo e rápido de acordo com os padrões internacionais» e «não se pode dar carta branca àqueles que tenham cometido graves violações dos direitos humanos», diz Gaspar Cosme.


Recorde-se que mais uma lei de amnistia, que beneficiará em mais larga escala elementos do exército regular angolano (a isto se prende a não ratificação do TPI pelo governo de Luanda), poderá ser aprovada nos próximos tempos como parte do memorando de entendimento que será formalmente assinado a 1 de Agosto, na cidade do Namibe, entre o Governo e o Fórum Cabindês para o Diálogo cujo dirigente Bento Bembe foi já desautorizado pela FLEC/Nzita Tiago, histórico dirigente dos independentistas. Ao abrigo da referida lei serão amnistiados todos os crimes cometidos no quadro do conflito militar em Cabinda.

Não quererá a secção da Aminstia em Portugal, já agora, promover uma carta para José Eduardo dos Santos?

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