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No entanto, o périplo de Solana pelo Médio Oriente deixava sugerida, no mínimo, uma iniciativa da UE ou da PESC, eventualmente de âmbito mais alargado que o da PESC como a conferência de Roma é, pelos convites de Prodi. Se as presidências da UE não são verbo de encher, como parece ser este exercício da Finlândia relativamente ao Médio Oriente, o Conselho deveria fazer mais do que ser arrastado para retratos de família (como vai ser), em que cinco estados membros posam como se o C de Comum da PESC fosse a letra morta da sigla ou letra de corpo presente.
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Mas, tratando-se do que se trata, falta Israel que deveria estar, a não ser que haja convite de última hora. Muito embora a finalidade inicial da conferência seja fundamentalmente económica (daí a presença do Banco Mundial e do FMI, senão até a justificação central da presença da UE como entidade potencialmente financiadora...) a reunião terá sem dúvida uma forte tonalidade política, apesar desta tonalidade não constar na ordem formal de trabalhos: para além das questões humanitárias urgentes, haverá discussão sobre as condições políticas de um cessar-fogo e sobre que tipo de força internacional de interposição deverá ser destacada para o Líbano, em que quadro e sob que mandato, além da questão das medidas coercivas visando o desarmamento do Hezbolat que a UE e Rússia não incluem nas respectivas listas das organizações terroristas.
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