27 julho 2006

Líbano/Debate. Fundamentalmente o que se disse

Parlamento. Sobre a eventual presença portuguesa numa missão de paz no Líbano – debate na Comissão Permanente do Parlamento com Luís Amado - PS, PSD e CDS-PP manifestaram um apoio de princípio, PCP e BE rejeitaram categoricamente a hipótese.

  • Vera Jardim (PS) criticou «alguma esquerda parlamentar» por não perceber que «muita da política externa portuguesa se faz no quadro da EU», deixou também algumas interrogações o que significa que também não percebe alguma coisa e usou a escapatória de que existe «turbulência» nas posições dos vários países europeus sobre se o cessar-fogo deve ser imediato e prévio às negociações, ou se as negociações devem preceder o fim das hostilidades...
  • Para Henrique de Freitas (PSD) a questão é fundamentalmente que «Portugal não pode estar de fora desta oportunidade para a paz» mas que o seu partido reservará uma «posição final» quando ficar definido o mandato e a composição da missão.
  • Mota Soares (CDS-PP) diz que não é «à partida», contra a presença portuguesa numa força de paz na região, no quadro de uma resolução das Nações Unidas» mas que reserva posição final para quando estiverem explicadas se «essa missão é prioritária para o Governo e se afectará ou não a participação portuguesa em outros cenários».
  • António Filipe (PCP) acusa o Governo de não ter posição sobre o conflito israelo-libanês, de adoptar uma atitude de «seguidismo» em relação à UE e de não «reivindicar de imediato o cessar-fogo» ao mesmo tempo que declara disponibilidade para participar numa força «que ninguém sabe ao certo o que será», pelo que o PCP não apoiará o envolvimento de militares portugueses nessas condições.
  • Luís Fazenda (BE) lamenta não ter ouvido de Luís Amado «uma palavra de condenação pela agressão de Israel ao Líbano»
  • O MNE Luís Amado reitera os termos da carta endereçada ao MNE finlandês (a necessidade de preservar a coesão e garantir um maior protagonismo da UE) e reafirma a disponibilidade de Portugal para avaliar a sua participação numa missão de paz. O ministro, para quem a crise «exige a afirmação de uma dimensão estratégia político-militar da UE como nunca teve no Médio Oriente», responde aos partidos que a exigência de um cessar-fogo imediato «só no quadro da UE tem alguma relevância». Quanto a Portugal «temos de ter a noção clara de que se temos responsabilidades a exercer as temos de exercer no quadro da UE» e que «se há iniciativa que faz sentido é puxar pela Europa do ponto de vista estratégico», preferindo a expressão «cessar-fogo credível» e «cessar-fogo imediato».
  • Sem comentários: