31 julho 2006

ONU/Líbano: destino da força multinacional. UE à espera de Nova Iorque.

UE à espera. A reunião extraordinária do Conselho da UE (terça-feira, Bruxelas) sobre o Líbano deveria ter sido marcada antes ou a coincidir com a sessão do Conselho de Segurança (hoje, 15:00 de Lisboa) cujo desfecho, dado o fracasso da conferência de Roma, se aguarda com expectativa. Se houver alguma decisão na ONU, a UE vai a reboque quando devia deliberar uma posição comum antes da hora ou pelo menos sobre a hora, e se não houver decisão em Nova Iorque, mais uma vez, fica comprometida a almejada eficácia política e estratégica da Europa. Luís Amado pediu a reunião «o mais rápido possível», a reunião europeia foi convocada apenas «o menos lento crível».

O Conselho de Segurança tem hoje três sessões: a 5498.ª do seu historial sobre a não-proliferação, seguindo-se a 5499.ª sessão sobre o Médio-Oriente (com apresentação do relatório do Kofi Annan sobre a renovação do mandato da força da ONU estacionada no Líbano) e, por último, a 5499.ª sessão sobre a República Democrática do Congo.

O mandato da força da ONU expira hoje mesmo, 31 de Julho. O Governo do Líbano pediu a 7 de Julho (dez dias antes da actual crise estalar) a prorrogação por seis meses. Kofi Annan interroga-se «como pode a força multinacional cumprir o seu mandato» nas actuais cicunstâncias e recomenda a prorrogação por apenas mais um mês, até final de Agosto.

À data de 30 de Junho, a Força da ONU no Líbano, comandada pelo general francês Alain Pellegrini integrava 1.990 efectivos provenientes, por ordem, da Índia (673), Ghana (648), Polónia (214), França (209), China (187), Itália (53), Irlanda (9) e Ucrânia (1), empregando 408 civis (102 de contratação internacional e 306 de contratação local). Desde o início do mandato da força da ONU, ficaram feridos por disparos 345 elementos e perderam a vida 246 (79 por disparos ou explosões de bombas, 105 em acidentes e 62 por causas diversas.

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