30 outubro 2006

Filme/ONU. Gorou-se o consenso e Venezuela segue


(Foto. Casa Amarilla, sede emblemática da diplomacia de Caracas)

Teste. Votações retomam amanhã, Terça. NV estão a seguir a disputa entre a Venezuela e a Guatemala para um lugar no Conselho de Segurança, com bastante curiosidade, não por se tratar da Venezuela, da Guatemala ou dos apoios que cada um destes países sugere arrastar, mas porque nos parece ser um interessante teste para qualquer reforma do Conselho de Segurança com base na representação regional. A actual disputa entre dois estados da mês região, é substancialmente diferente de anteriores disputas com a mesma configuração, quando no centro estavam meras rivalidades ou confinados conflitos de interesse. Agora é a própria representação ou autonomia de escolha de representação que está em causa, prefira-se este ou aquele Estado. A Venezuela argumenta, e é verdade, que conta com 80 por cento dos votos do grupo da América/Caraíbas a seu favor, sendo que é a escolha de um representante dessa região do globo que está em causa.

A não ser que à última hora haja surpresa, está gorada qualquer hipótese de consenso implicando a desistência dos dois candidatos a favor de um terceiro país. Alguma imprensa portuguesa chegou a dar como certo esse quadro com o avanço da Bolívia. Era um hipótese, está posta de lado. A Venezuela, ao mesmo tempo que reitera continuar como candidata, endureceu a postura face à Guatemala, com o chefe da diplomacia de Caracas, Nicolás Maduro a acusar a diplomacia guatemalteca de «conduta ziguezagueante» e de «falta de autonomia e independência na hora de tomar decisões na condução da sua política exterior». O discurso endureceu.

Os venezuelanos têm-se desdobrado em contactos com grupos regionais (Liga Árabe, União Africana, CARICOM e Mercosul, entre outros) e dizem que o resultado de amanhã, na Assembleia Geral da ONU « ya es favorable y de respeto para Venezuela». Vamos ver, mas que é interessante, é.

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