Impedância diplomática. E assim ficamos a saber, pela exposição de Moratinos à Comissão parlamentar de Assuntos Exteriores do Congresso Espanhol, que a diplomacia de Madrid está debatendo «intensamente» com os EUA e «com os parceiros europeus mais relevantes», a possibilidade de convocar uma nova Conferência de Paz sobre o Médio Oriente. Portanto, com os EUA e com «os mais relevantes» da UE que Moratinos não especificou. Está no seu direito. Ninguém pode desejar que a eentualidade de Madrid II tenha a mesma sorte que Madrid I, há 15 anos, e cujo fracasso em grande parte se ficou a dever ao fracasso, melhor talvez à tibieza da política externa da UE que nunca foi comum mas a subsunção aos protagonismos efémeros dos parceiros mais impedantes.
Disse Moratinos que a iniciativa espanhola segue para formatação, esta sexta a sábado, na reunião do Fórum Mediterrânico marcado para Alicante.
Ora, na recente Reunião de Ministros dos Negócios Estrangeiros do Grupo MED em Lagonissi, foi decido criar um grupo de trabalho a nível de embaixadores para trabalhar o dossier do Médio Oriente, grupo acolhido por Portugal e ao qual deveria competir a elaboração de um draft, um documento de trabalho sobre o assunto, a ser discutido em Alicante…
Pelos vistos, Moratinos ou já fez o trabalho todo, ou não soube esperar. A diplomacia espanhola tem disto, é isso. Cai mal.
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