11 novembro 2006

Críticas ao Conselho dos Direitos Humanos. Quatro reuniões, começa mal

Liechtenstein, obrigado. O Conselho dos Direitos do Homem foi ontem alvo de veementes críticas na Assembleia geral da ONU com vários países a apontar a ausência de resultados concretos ou a persistência velhos reflexos da antiga Comissão dos Direitos do Homem (criada em 1946) e a que o Conselho sucedeu. Por entre as críticas, o Liechtenstein deu ar europeu de sua graça, e Kirsti Lintonen (Finlândia) em nome da União Europeia, fez intervenção cinzenta na globalidade, mas enfim, com alguma referência de escapatória à situação na Palestina.

As críticas já eram esperadas – o Conselho dos Direitos do Homem, nas quatro reuniões que efectuou até agora, tem sido à evidência dominado pela Organização da Conferência Islâmica, grupo que ocupa 17 dos 47 lugares. Aqueles 17 lugares a que se juntam os votos de países de África, Ásia e América Latina sob ditaduras explícitas ou mal disfarçadas, foram distribuídos em função das regiões do globo sem ter em conta o objecto próprio da organização – o respeito pelos direitos humanos (a foto fala por si, não é necessário explicar). Como as decisões são tomadas por maioria simples, o que se espera deste Conselho se ele é o resultado de como está composto?

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