O Emb. Cutileiro, no
Expresso, a propósito do desaire eleitoral de Bush
"Não haverá mudanças em tudo mas há uma oportunidade de consolidar a relação transatlântica..."
...pelo que, quanto a essa relação transatlântica,
"Os europeus deveriam eles próprios coibir-se de a minar com propostas de criação de um exército europeu, de exclusão da Turquia do clube, com retórica constitucional em lugar da racionalidade económica e com outras vistas curtas."
Senão, vejamos, pondo-se de lado se as vistas são curtas, curdas ou mesmo cipriotas:1
1.º – "Na quarta-feira, uma chinesa foi eleita director da Organização Mundial de Sáude."
2.º - "Um japonês dirige a UNESCO."
3.º - "O secretário-geral eleito da ONU é coreano."
E, além de tais desgraças, uma quarta da mesma ordem:
"Em 2009, a China terá ultrapassado os Estados Unidos na emissão de CO²."
Conclusão:
"Este século vai ser o século da Ásia. Interesses e valores ocidentais serão mais bem garantidos se Europa e América do Norte fizerem causa comum."
Só que, se
uma chinesa foi eleita para a OMS, sabe o embaixador melhor do que ninguém, é porque as restantes candidaturas eram fracas e, entre elas, algumas duvidosas; se
o japonês dirige a UNESCO, sabe o embaixador melhor do que nós, não é por ele ser asiático…; se o secretário-geral eleito da ONU é
coreano, é devido à rotatividade geográfica; e se a China vai ultrapassar os EUA em
CO², é porque os EUA pouco fizeram para deixar de liderar tal listagem. E quanto à causa comum, não será mais desejável que esta seja global? Toynbee explicou muito melhor e ao tempo que vai, a translatio imperii.
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