22 novembro 2006

Diplomacia papal. Bento XVI volta a ser Ratzinger.

E submete livro à "discussão e crítica" ! Mais um desenvolvimento na diplomacia editorial da Santa Sé, a qual pelos vistos não precisa de ir à feira de Frankfurt. Sobre aquele livro, cuja primeira parte Bento XVI já terminou – Jesus de Nazaré, do baptismo no Jordão à transfiguração – e que estará terminado na primavera de 2007, os direitos de tradução, difusão e comercialização foram cedidos pelas Edições do Vaticano, detentora dos direitos autorais do Papa, às Edições Rizzoli. Esclarece o Vaticano, a obra resulta mais de “um trabalho científico que espiritual” escrito pelo Papa nos seus tempos livres, e que “não sendo um acto de magistério, é fruto de investigação pessoal e como tal, passível de discussão e crítica. Não é uma encíclica sobre Jesus mas uma abordagem do teólogo Joseph Ratzinger”. Na diplomacia papal, é inédito que um papa volte a ser Ratzinger nos tempos livres, e assim sugira que também a infalibilidade tem direito a tempos livres.

Ora, que alívio para o Embaixador Rocha Páris! Se fosse encíclica, o nosso Embaixador na Santa Sé teria trabalho a dobrar, para não falar na trabalheira para o conselheiro eclesiástico.

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