E serão oito, se os 6 membros africanos (Quénia, Leshoto, Libéria, Madagáscar, Mali e Namíbia) não faltarem à palavra da UA. Portugal e Brasil deverão completar o quadro de apoio a Mocumbi, nas rondas iniciais de apuramento. Contra Mocumbi, sobretudo, o facto de já ter perdido uma vez.
O Brasil que apoiava, com intenções de diplomacia militante, a garada candidatura do presidente equatoriano, Alfredo Palácio González, prefere agora apoiar Mocumbi, a dar o voto ao ministro mexicano da Saúde, Julio Frenk. Possivelmente, para justificação junto de chancelarias latino-americanas da escolha «africana» em detrimento da relativa vizinhança (relativa por causa das guerrinhas de hegemonia para o Conselho de Segurança), o Brasil deverá invocar agora o santo nome da CPLP, embora por conveniência. A CPLP, em casos como estes, é uma boa escapatória, aliás não passa de escapatória. Até há duas semanas, o Brasil apostava firme em Alfredo Palácio González, em fim de mandato presidencial. E de tal forma apostava que o Itamaraty chegou a oferecer a sua rede de embaixadas pelo mundo para que o presidente do Equador fizesse campanha, mas Palácio desistiu.
Quanto à candidatura mexicana de Julio Frenk – segundo parece, em ascensão após mão dada pelos EUA – pois Frenk chegou a contratar uma empresa de relações públicas em Washington para organizar a campanha de monta, com porte. Mais: a revista médica britânica The Lancet, publicação que é das mais influentes na área em que a OMS diz mover-se, dá apoio declarado ao ministro mexicano.
Sendo assim, o ambiente da OMS não é nada saudável. Este tipo de diplomacia multilateral deve ir à ressonância magnética.
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