O juiz e poeta satírico Sanches da Gama, uma das mais viperinas - mas sempre justas e oportunas - línguas do Chiado, dedicou os seguintes versos, na década de 40, a Carvalho Nunes, (da Casa Militar e do protocolo de Carmona no Palácio de Belém), a propósito de mais outra condecoração que recebera na época:
Foi em Tânger, foi em Tunes,
Que tu ó Carvalho Nunes
recebeste essas medalhas
que no teu peito comportas?
Não! Foi por 'star em Belém.
a abrir e a fechar portas!...
Esta quintilha ouviu-a AntónioValdemar a Assis Esperança, homem de bem e grande, mas penalizado romancista natural do Algarve cujo «Pão Incerto» ou mesmo «Fronteiras», podem ainda chegar às mãos de Cavaco. E isso foi ouvido na Tertúlia da Veneza, que nós também conhecemos.
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