É que a prestação do ministro Luís Amado na mais recente das entrevistas, sugere oito perguntas em função das omissões, com oitos respostas em função de provérbios expressos e em cheio:
1 - A Constituição Europeia foi uma tentativa de imposição dos políticos aos cidadãos europeus, os quais não se reconhecem naquele texto, nem sequer o entendem? Mais vale um cavalo com uma cela, do que três celas sem cavalo.
2 - Ainda não está por provar que o alargamento obrigue a certas alterações institucionais inscritas na Constituição Europeia? Macaco velho, não trepa galho seco.
3 - Portugal não perde, em termos políticos, ao trocar o Tratado de Nice pela Constituição Europeia? Pelas costas dos outros se vêm as nossas.
4 - Com a Constituição Europeia, Portugal não será mais periférico no processo decisório da UE? Dos enganos vivem os Escrivães.
5 - A Rússia não será novamente uma grande potencia, pelo que o Muro de Berlim nunca se deveria esquecer? Fala-se no diabo e aparece-lhe o rabo.
6 - Não é verdade que alguns atropelos foram feitos nas adesões demasiado rápidas de alguns dos actuais membros da UE, e que a Turquia não é uma democracia, pelo que um relacionamento privilegiado com a UE é talvez o mais aconselhável? Roma e Pavia não se fizeram num dia.
7 - Os imigrantes não-europeus não têm de acreditar nos valores e na forma de estar na vida europeus e não têm a obrigação de se integrarem nas sociedades de acolhimento? Não contes os pintos senão depois de nascidos.
8 - Não se deveria evitar dar uma visibilidade excessiva à intenção de realizar a Cimeira UE-Africa, dado que ela está refém da vontade do Reino Unido em pretender ou não manter o cordão sanitário em redor do Presidente do Zimbabwé? Não deites foguetes antes da festa.
Posto isto, tantas cabeças, quantas sentenças, até porque todos os pássaros comem trigo e quem paga é o pardal.
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