Datas e vontades. Sobre esta questão do Dia oficial da Memória do Holocausto e da Prevenção dos Crimes contra a Humanidade, choveu de imediato correio que não pára, depois desta beliscadura de NV em Belém, nas duas faces de S. Bento e nos três moinhos de Porto de Mós. Algum desse correio – cheira e não é difícil perceber - parte de gente responsável ou de gabinetes aos quais o conhecimento de causa deveria endossar Responsabilidade, correio esse que, resumindo e concluindo ou mais ou menos, refere que Portugal não tem que ir atrás de ondas, imitar espanhóis, fazer o que a Europa faz…
Lembremos a todos estes correspondentes que a Assembleia Geral da ONU, pela Resolução 60/7 (Novembro de 2005) decidiu proclamar 27 de Janeiro, anualmente, como dia internacional dedicado à memória das vítimas do Holocausto, solicitando «insistentemente – foi o termo usado – aos Estados membros que elaborem programas educativos que gravem no espírito das gerações futuras os ensinamentos do Holocausto a fim de ajudar a prevenir actos de genocídio.
A generalidade da Europa levou à letra a resolução da Assembleia Geral da ONU, com diversos países a programarem acções desde o dia 22 até 27, amanhã (em Espanha e am alguns ouytros Estados, o acto central foi antecipado para ontem, 25, em função do fim-de-semana) e recentrando o tema na prevenção dos crimes contra a Humanidade. Portugal estava ausente da sala em 2005? E se esteve presente, faz-se ausente em 2007?
Não se tem conhecimento de qualquer iniciativa oficial de peso, em Portugal – se houvesse iniciativa oficial pensada (oficial mesmo, não é com apoio oficial, à boleia), até este preciso momento já as agendas de Belém, parlamento, governo e particularmente do MNE tinham dado sinal disso. Acontece que não há sinal mesmo nas agendas de sábado já divulgadas.
Todavia, ainda queremos acreditar que nenhuma das mensagens seja do embaixador do Irão, porque, sendo este o caso, o esclarecimento ser-lhe-á inútil e a imagem seguinte nada lhe dirá, mesmo que provenha da ONU.
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