01 fevereiro 2007

Esclarecimento das Necessidades. O passaporte de Kim Jong-nam

Se é falso, foi roubado. Com inabitual celeridade, esclarece agora o MNE «que não tem qualquer fundamento a notícia hoje divulgada por um órgão de comunicação asiático sobre a eventualidade do cidadão norte coreano Kim-Jong-nam ser detentor de um passaporte emitido por autoridades portuguesas. Nem no Consulado português em Macau, nem na Base de Dados do Registo Informático de Passaportes existe qualquer dos três nomes alegadamente utilizados pelo cidadão em causa.»

Então onde é que o passaporte falso foi roubado, porque apenas poderia ter sido roubado?

Ora este Kim Jong-nam com um só traço de união, é filho de Kim Jong Il e da segunda mulher deste, perdendo o lugar para a sucessão depois de em 2001 haver tentado entrar no Japão com um passaporte falso República Dominicana, reprodução ao lado) para ir à Disneylândia de Tóquio. E há precisamente um ano, fontes dos serviços secretos sul-coreanos acusaram o mesmo Kim Jong-nam de dirigir a difusão de dólares falsos através de um banco instalado em Macau. Foi então dito que Kim Jong-nam integrava o chamado Projecto de Receitas Através de Divisas Estrangeiras, controlado pelo Exército norte-coreano, departamento esse que usaria quatro bancos estrangeiros para branquear dinheiro, obtido com a falsificação de dólares e o tráfico de droga. Uma dessas quatro instituições financeiras, segundo os sul-coreanos, seria o Banco Delta Ásia, que tem sede em Macau. Bom rapaz.

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