05 abril 2007

[Radar] Etanol e Moratinos

Diplomacia do etanol. Dois economistas da Universidade de Minnesota, Ford Runge e Benjamin Senauer, juntaam-se às críticas de Fidel Castro à nova "diplomacia do etanol", que o Brasil e EUA procuram exportar – os dois países são responsáveis pela produção de 70 por cento de todo o etanol do mundo, prevendo a ampliação do uso de biocombustíveis para reduzir a dependência do petróleo. Ford Runge e Benjamin Senauer concluíram que o incentivo dos biocombustíveis deve ampliar a fome mundial, segundo um artigo a publicar na edição de Maio/Julho da revista Foreign Affairs.
    Os economistas de Minnesota, invocando estudosdo Banco Mundial, referem que a iniciativa pode elevar os preços do milho e de outros alimentos, como a soja, a partir dos quais é possível produzir biocombustíveis. "Se os preços dos alimentos básicos subirem devido à procura dos biocombustíveis... o número de pessoas em situação de insegurança alimentar no mundo subiria em mais de 16 milhões por cada ponto percentual de aumento real nos preços dos alimentos", dizem, explicando que "isso significa que 1,2 bilião de pessoas poderão estar a sofrer de fome crónica em 2015, 600 milhões mais do que o previsto".
Moratinos rompe. Havana e Madrid restabelecem a cooperação suspensa em 2003, na sequência da crise diplomática entre a UE e Cuba. O chefe da diplomacia espanhola, Miguel Angel Moratinos, assinouem Havana um documento de compromisso para o restabelecimento de "todos os programas de cooperação" e ficou marcada para Setembro uma reunião da comissão mista a nível de secretários de estado. Com a visita a Cuba, Moratinos rompeu o cerco europeu a Havana ditado pela vaga de detenções e condenações de 75 dissidentes cubanos a penas entre seis a 28 anos de prisão, e da execução sumária de três jovens que tinham desviado uma embarcação para chegar aos EUA.

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