05 junho 2007

Dos Notadores. Linhas lidas, mas o debate...

De R.M. :
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    Senti numa das suas últimas mensagens algum desalento perante o destino da carreira diplomática portuguesa.

    Tem toda a razão, cada vez há menos regras, respeito, nomeadamente pela lei, menos ética. É, cada vez mais, o salve-se quem puder.

    A actual administração, quer a nível político, quer de direcção-geral, não tem competências de gestão. Não há rumo traçado pelas lideranças, não há espírito de equipa, não há um mínimo de lógica de comunicação interdepartamental, não há nada. Há gabinetes isolados e departamentos perdidos pelos confins do MNE. Tudo isto é exactamente o contrário do que os mais elementares manuais de gestão e administração privada ou pública recomendam. É neste estado de coisas que florescem inevitavelmente os jogos de interesses e as amizades. Daí as colocações de vários funcionários três vezes consecutivas em postos A (havendo até um caso fenomenal recente de um funcionário colocado pela quarta vez consecutiva num posto A), o que é uma afronta para todos os outros funcionários.

    Não se premiando o mérito, mas tão-só as amizades, como poderá ser possível ao MNE ter um mínimo de produtividade? Com os "amigos" à frente, em vez dos mais competentes, é impossível chegarmos longe.

    Não são de estranhar, por conseguinte, os resultados das sondagens sobre a actuação da equipa governamental do MNE.

    Faço votos para que a sua intervenção faça eco destas palavras, para que, pelo menos, e visto que é impossível contrariar poderosos lobies, em particular ao nível dos gabinetes, estas linhas, como tantas outras que NV tem dado a conhecer, possam ser lidas e suscitar algum debate.

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