19 julho 2007

Confusão do mal com a cura. Chegou a Marrocos

    The International Federation of Journalists* (IFJ) today condemned the arrest in Casablanca this week of director Abderrahim Ariri (na foto) and reporter Mostapha Hurmatallah of the publication Al Watan Al An. They were detained for questioning by police after the publication at the weekend of a report entitled "The Secret Reports Behind the State of Alert in Morocco" dealing with classified documents from the country’s intelligence services (DGST) which contained information about threats involving Al-Qaeda's North African branch.

    More than 20 Moroccan secret service agents stormed the Al Watan Al An offices, in search of evidence. Many documents and some equipment were taken away.


    * A FIJ representa 600.000 jornalistas em 114 países.

O que aconteceu. O semanário Al Watan Al An (A Nação Agora) publicou uma nota interna da Direcção Geral de Vigilância do Terrorismo, pelo que as autoridades marroquinas tentam saber apenas quem foi que, daquela organização, carreou o documento para os jornalistas – ao que se sabe, o conteúdo da nota não revela qualquer informação confidencial de relevo, mencionando dados já vulgarizados na Internet e acessíveis a quem quer que seja. E foi quanto bastou para, além da prisão preventiva dos jornalistas, a polícia marroquina fazer a devassa da redacção do semanário, apoderando-se da quase totalidade dos arquivos do jornal, e do computador, telemóvel e agenda pessoal do director, Abderrahim Ariri., deixando configurada uma advertência aos jornalistas marroquinos que tentem escrutinar os meios usados no combate ao terrorismo. É a velha confusão do mal com a cura, e que já chegou a Marrocos.

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