30 abril 2008

Aquele DIÁLOGO.COM Rosário Poidimani

Aos Notadores que sobre isso nos escrevem

    Estranharam muitos que NV tivessem dirigido a Rosário Poidimani cinco perguntas, obviamente para se publicar as respostas... utro obectivo não faria sentido.

    Por entre os que nos escreveram e continual a escrever, muitos foram e são anónimos, mas pelo tom ou pelas palavras usadas é de gente do MNE - há bordões. Outros fizeram questão em se identificarem, alguns que até conhecemos, sendo estes bastantes e nos merecem respeito.

    Naturalmente que ao tom provocatório e mesmo soez de algumas missivas, não respondemos, mas serve para comprovar, mais uma vez, como diplomtas a coberto do anonimato, perdem aquele verniz estaladiço com que se disfarçam quando dão a cara e nome, no que não são excepção no país. Já os diplomatas que assumiram autoria de correspondência mas que seria desprimoroso e quebra de ética revelar, esses têm da nossa parte um dever de resposta e que publicitamos, presumindo-se que as interrogações e dúvidas são partilhadas por mais gente respeitosa.

    Essa resposta virá aos poucos, dada a natureza deste meio de comunicação que não aguenta lençóis. Para já, um ponto que deve ser esclarecido.

    Nem que esteja em Guantánamo ou em Pinheiro da Cruz, seja alvo de processo acusatório em Panafiel ou em Vicenza, é de ouvir quem reclame estar a ser vítima de injustiça ou de más interpretações - não para se lhe dar razão por dá cá aquela palha, mas porque tem o legítimo direito a descrever o que pensa e como explica a situação em que se encontra. Ninguém pode ser condenado só porque se acusa, nem este princípio é apenas válido para pessoas protegidas por seleccionadas cautelas.

    E tal escrutínio mais se justifica quando ocorrem supeitas, dúvidas e indícios de que não será tudo assim como os acusadores contam. É certo que o tribunal decidirá, mas independentemente disto, é do interesse público saber-se o que está em causa.

    Foi isto o que nos levou a formular a Rosário Poidimani cinco questões muoito simples, sem prejuízo de em momento posterior e caso se justifique, voltarmos a confrontá-lo com questões mais complexas ou, como se costuma dizer, indo ao âmago da questão - porque há uma questão de fundo, questão essa em que o MNE entrou a pretexto.

    Portanto, caros Notadores, esta é a nossa pose, quer no caso presente com Rosário Poidimani, quer eventualmente, amanhã, com qualquer um dos solícitos diplomatas nossos correspondentes, caso se julguem injustiçados e alvos de um cerco de silêncio - oxalá que não, mas a Casa é fértil.

    NV não têm uma perspectiva justicialista da actividade de comunicar factos e opiniões, mas, por razão de ser, NV não apenas dão a voz as vezes que se entender necessárias, mas sobretudo procuram a voz dos que reclamam ter alguma coisa a dizer e pela forma que a justiça não pode facultar. A justiça existe para aplicar as leis de olhos fechados, a comunicação existe para questionar processos de olhos abertos, sem complexos e sem sujeição aos legionários da opinião, pública também como se gosta de dizer.

    Por agora é tudo, mas há mais.

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