SAGESSE. António Braga conseguiu serenar os ânimos na capital guineense.
O secretário de estado agiu com prudência e - porque não escrever? - com sagacidade e sagesse
(com isto, bebendo-se um copo de água de homenagem à luso-francofonia!). Mas, ou porque a política gera também factos diplomáticos, ou porque como seu denominador surgem velhas bitolas do MNE, os embaixadores nunca são responsabilizados por nada (há também os que nunca são ilibados de tudo) e, quando o são, haverá sempre alguém que pague por eles.
Desta vez, o responsável da Secção Consular não se livrou de ser considerado responsável moral, por não ser um frequentador da noite bissauense e de festas de conterrâneos, demasiado habituados ao sistema
"uma mão lava a outra, as duas o rosto". Em resumo: não se livrou do gerado facto de estar desajustado no posto ainda que fazendo um trabalho considerável.
Ficam a pairar sobre outros (e não sobre o responsável da Secção Consular) investigações da Judiciária e, coisa sabida, essa história de vistos para jovens contribuições para que a agricultura seja também das mais velhas profissões do mundo.
Cabe naturalmente ao embaixador Paes Moreira, e só a ele, avaliar se sai ou não fragilizado ou fortalecido neste imbróglio - até nisso a sagesse de António Braga, neste caso, deixou-o totalmente livre para avaliar se depois de mais de quatro anos duma gestão em períodos difíceis, soube ou não antecipar os "icebergues" no final da missão. E icebergues em Bissau derretem depressa.
Também na história do material audiovisual do Centro, não houve investigação, ou se houve, não se revelaram os resultados, com um embargo total sobre o assunto.
Sem comentários:
Enviar um comentário