04 abril 2008

No Senado brasileiro... falou-se de Portugal. Obrigado.

Enquanto S. Bento não ouve embaixadores portugueses,
ouçamos brasileiros no Senado

PORTUGAL = EMIRADOS ÁRABES Não, não no petróleo, mas apenas no tamanho. O próximo embaixador brasileiro junto aos Emirados Árabes Unidos, ministro de segunda classe Raul Campos e Castro, ao ser ouvido pela comissão de Relações Exteriores do Senado (deu-lhe parecer favorável), para termo de comparação do país para onde parte: «os Emirados Árabes, um país com dimensões aproximadas às de Portugal». Grande honra. Obrigado.
    E revelou planos, designadamente o de estimular empresas brasileiras a utilizarem o centro logístico de Dubai. No entanto o seu grande projecto é o de atrair para o Brasil uma parte dos 900 biliões de dólares que compõem o fundo soberano de Abu Dhabi. Raul Campos e Castro informou os senadores que uma das suas prioridades será a de conhecer melhor esse fundo, para saber "em que medida poderemos atraí-lo para aplicações no Brasil". Tais fundos soberanos administram grandes reservas internacionais de países exportadores de petróleo ou de produtos manufaturados. Entre os mais importantes, estão os de Singapura, China e Emirados Árabes.
SÍRIA, LAÇOS HUMANOS Ouvido também pela comissão, o ministro de segunda classe Edgard Antonio Casciano indicado para embaixador do Brasil na Síria. O relator, Romeu Tuma (PTB-SP), aproveitou para lembrar a sua condição de descendente de sírios, com o embaixador indicado a aproveitar a deixa, destacando a importância da comunidade de descendentes de sírios no Brasil. Aliás, observou que as relações entre os dois países «vão além dos laços humanos», pois o Brasil tem uma «importante contribuição» a dar ao Médio Oriente, a partir da sua história de «harmoniosa convivência» entre descendentes de imigrantes de várias partes do mundo, entre os quais judeus e muçulmanos».
    Enfim, minudências de considerandos porque indo à essência, o embaixador Casciano reconheceu que o comércio bilateral está «muito aquém» das possibilidades, com exportações brasileiras de 200 milhões de dólares em 2006 e importações de 40 milhões de dólares. E contados os dólares, o embaixador prometeu empenhar-se ainda na ampliação das relações culturais entre os dois países. Parece que convenceu, e também teve voto favorável.

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