04 abril 2008

■ NOTADORES ■ Malabarismos?

DO NOTADOR Albano Dantas, sec. emb. (tem todo o direito a indignar-se, dir-se-ia em Belém.)

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      Que as Notas me dêem direito à indignação. É miserável e profundamente injusto, ver os funcionários/as vindos de Lisboa a trabalharem até muito tarde (sobretudo funcionárias/os do QA), enquanto os outros, os privilegiados, os que vivem nos Postos e usufruem desses benefícios, bons ordenados e boas reformas, a saírem mais cedo do trabalho, a reclamarem se saem tarde, a exigirem ter de ir ao supermercado, etc e tal.

      Se lhes fosse exigido APENAS um período contratual de 4, eventualmente 5 anos sem recondução, ou, quando muito, mudarem-se para outros Postos, ainda que só por um período mais (de 3 a 4 anos), esses malabarismos acabariam.

      Em vez disso, temos um conjunto de criaturas, ACIMA dos restantes - embaixadores, cônsules, funcionários diplomáticos e funcionários do Quadro Administrativo (que trabalham muitas e muitas vezes fora de horas e têm funções de responsabilidade muito maiores!) - com vencimentos excelentes e reformas no futuro magníficas, a quem não são exigido sacrifícios, tais como viver longe da família, mudar de país periodicamente, regressar a Lisboa e vir auferir um salário muito inferior e, mais tarde, reformar-se com uma míngua! Isto só é possível, porque o poder político assim o permite, ou vai permitindo. Nunca houve coragem, política, para alterar este estado de coisas. Mas vai sempre a tempo. O Ministério das Finanças pode, se quiser, alterar isto, assim como o MNE.

      Albano Dantas, sec. emb.

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