- Sabemos que está marcada uma reunião desse grupod e trabalho para 9 de Maio e também sabemos que o sindicato enviou recentemente uma carta ao ministro e outros responsáveis do MNE. Daremos conta disto.
DE F.C. sobre os reis «O parecer jurídico (do MNE) remete para o direito consuetudinário e muito bem; este é, reconhecidamente, uma das fontes do direito positivo. Logo, juridicamente, nada há de escandaloso ou chocante na utilização daquele parecer num tribunal. Um parecer é apenas um parecer - não cria direito nem constitui prova, é só uma opinião de alguém, à qual se podem contrapor outras opiniões. De qualquer modo, tudo 'isto' é uma novela de interesse mais do que discutível. Mas isso, como o 'parecer', é apenas uma opinião... Já agora, deixe-me fazer uma declaração de interesses: sou republicano, acho que a República tem sido demasiado complacente com com os descendentes da família real, divirto-me bastante com as pantominices de nobres, fidalgos, titulares, princesas e príncipes e toda a parafernália de revista côr de rosa que lhes está associada.»
- Quanto ao parecer, já dissemos o suficiente: não teve homologação política e não pode nem deve ser invocado ou usado como sendo do MNE. Quanto à declaraçõa de interesses, naturalmente que a República Portuguesa não precisa do direito consuetudinário para resolver a questão se assim o entender, por via dos tribunais, não sendo um problema político da República. Tem direito que baste, a começar pelo direito sucessório no âmbito patrimonial que o tema levanta, tem os procedimentos de registo civil que em cooperação com a Itália levariam a mais clarificação, e tem outros recursos, inacessíveis há poucos anos. Não se trata de escolher políticamente quem é, trata-se apenas de identificar quem seja. Seria bom que a República, sem compancèncias, o fizesse antes de eventual referendo a uma monarquia pegar polémica como o querem fazer coincidir com o centenário da República. Como vê, não é fait divers.
DE BOAVISTA, também sobre reis: «O jornalista Adelino Gomes, no Público, deu conta do desencantamento de alguns militares com o funcionamento da democracia e das instituições democráticas, com os tiques idênticos aos do populismo. Alguns desses militares são reconhecidamente monárquicos. Não estarão eles a falar de alguma coisa que não querem dizer claramente, pois os tempos já não são bem os de Paiva Couceiro?»
- Boa pergunta para os militares citados pelo jornalista, pelo menos para alguns dos que foram citados.
DE F. H. de R. e T., ainda sobre reis: «Mas há algum problema? Basta ler o que está na Wikipedia sobre o chefe da casa real. Está lá tudo e o MNE nada mais faz do que reconhecer a verdade. E a verdade é que Duarte Pio é de jure D. Duarte III de Portugal. E acabou. Porque é que vocês se insurgem contra o facto do MNE reconhecer oficialmente a verdade?»
- Cada página da Wikipedia sobre assunto de polémica ou de diferendo, parece uma OPA de guerra da Sonae contra a PT. Não vemos essa página da Wikipedia transformar-se em unidade orgânica e flexível do Departamento de Assuntos Jurídicos do MNE... Você ainda não percebeu que essa OPA não nos interessa?
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