08 maio 2008

Aqui d'El Rei! No que nos metemos!

Por favor, não nos venham com mais documentos
- no século XXI, há o ADN

    Por causa da intromissão do MNE nessa questão de reis, não só a propósito de consulados paralelos e de abusivos documentos diplomáticos em Itália de que ainda não obtivemos provas concretas, mas também de disputados títulos nobiliárquicos, com acusações pendentes em tribunais que nos levaram a ouvir o alvo central dessas acusações (Rosário Poidimani) e que por tais acusações chegou a estar preso, não se compreendendo rigorosa e objectivamente porquê, NV têm sido literalmente bombardeadas de um lado e de outro.

    Naturalmente que temos toda a curiosidade, e já agora interesse, em saber o que o justiça italiana apurou ou vai apurar quanto a consulados paralelos e documentos abusivos, ou seja, se as denúncias feitas pela Embaixada de Portugal em Roma estavam ou não suportadas solidamente em factos quanto a procedimentos lesivos do estado. Aguardemos esse desfecho, não se deixando de ter de confrontar com tal desfecho, seja este qual for, as respostas que Rosário Poidimani deu às precisas questões que lhe colocámos.

    Mas pelo volumoso correio recebido da parte mais aguerrida, parece que a questão essencial não será tanto aquilo que os tribunais italianos estão a apreciar com Rosário Poidimani, mas sim a questão de quem afinal herdou o que havia para herdar, designadamente património moral e talvez não apenas isso, por morte do deposto rei D. Manuel II, ou a de se havia alguém com legitimidade para herdar, nem que fosse uma chávena de café para não se falar da chávena de Bragança, já que desde 1910 não há trono em Portugal para herdar, sendo obtuso falar-se de herança de trono ou de sucessão na coroa que não há e deixou de haver – facto de que a elucubração do MNE parece evitar fazer constatação firme, dissertando-a tal como a Embaixada em Roma também dissertou. Ora, a ter havido herança, quando muito, seria a da chefia de casa dinástica, o que não é propriamente trono ou coroa. E, por favor, não nos venham com mais documentos - no século XXI, há o ADN.

    Voltaremos ao assunto.

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