Depois, primeira página e já lá dentro, confunde-se conselheiros de embaixada com conselheiros das (ou nas) embaixadas, confunde-se as sequelas de peregrinas decisões de Freitas do Amaral quanto a adidos e conselheiros «técnicos», com concursos de promoção na carreira diplomática, relaciona-se a contestação dos concursos em tribunal com a movimentação nos postos diplomáticos, alerta-se para que «ex-governantes do PS estão em trânsito para embaixadas relevantes», enfim, novo eixo do mal em romagem. Nesta lógica de perigo, que «a ida de Manuel Lobo Antunes para a REPER, Carrilho para a UNESCO, Fernando Neves para Roma e Seixas da Costa são consideradas «nomeações políticas» pelos sectores próximos do PSD, anotando-se que as nomeações ocorrem para Paris «onde existe um Governo de direita, chefiado por François Fillon, e nomeado por Nicolas Sarkozy» e «curiosamente, depois da vitória de Sílvio Berlusconi ficou também a saber-se que Fernando Neves (…) está a caminho de Roma». Ah! E Nuno Brito com ar de salta-pocinhas, de Vitorino para Barroso e agora para Amado, santo Deus, Francisco Almeida Leite, estás perdoado porque neste momento, e com tal 1775 diplomático, deve estar alguém a rir-se muito caladinho mas que se sabe muito bem quem seja – o Ex.mo Sr. Dr. Sector Próximo.
Ora, descontadas as confusões entre conselheiros de embaixada da carreira diplomática e técnicos conselheiros purgados por Freitas (história antiga e até velhaca), e dado o alerta para o bloqueio, o caos, o enorme impasse do MNE, a queda da Torre das Necessidades, o desmoronamento da Chaminé da Cozinha Velha, o tsunami no Rilvas, os guardas da guarita soterrados, a CIFRA a gritar socorro em códigos que os bombeiros não entendem, os fantasmas da capela à solta (foto, aqui ao lado, na madrugada), até os selos de Martins da Cruz vendidos ao desbarato pelos habituais salteadores que se aproveitam de tais desgraças por entre escombros do Protocolo, e, tudo isto, já com repercussões internacionais (Sarkosy sai sanear os socialistas recrutados para o seu governo, Berlusconi decidiu chumbar o Tratado assim que soube pelo DN que Fernando Neves vai desse modo fazer-lhe mediática oposição em Roma, e, jamais se esperaria, até as Convenções de Viena vão ser alteradas para a imposição de agrément a embaixadores segundo a cor do governo do poder no Estado aceitante), descontado tudo isso, vejamos o que está em causa:
- - 5 vagas de ministro-plenipotenciário
- - 12 vagas de conselheiro de embaixada (subindo a 17 pelas 5 subidas a ministro, e a 20, por mais três passagens à disponibilidade)
- Com isto não se quer dizer que não haja problema sério e mais fundo – não se retira uma vírgula ao que aqui, desde 2003, se tem escrito sobre parcialidades de júris de concursos (de ingresso e de promoção), sobre pressões de gabinetes (nas colocações de diplomatas e nas nomeações, por vezes perversas, de técnicos e técnicas junto das embaixadas), sobre manhosices da máquina (ou por laxismo dos ministros, ou porque a máquina está cheia de Ex.mos Sr.s Dr.s , curiosamente, aqui sim curiosamente todos eles com o mesmo nome – Sector Próximo.
Ler este 1775 do DN aqui
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