17 maio 2008

ARGUMENTÁRIO EXPRESSO Salva-se Daniel Oliveira

  1. Miguel Monjardino compara o comportamento da China de Mao com o terramoto de 1976 em Tangshan, com o comportamento da China de hoje depois do terramoto de Sichuan. José Cutileiro compara o comportamento da ditadura da Birmânia face aos efeitos do ciclone, com o comportamento das autoridades de Pequim no terramoto. A não se sai do raciocínio analógico que é aquilo em que muitos dos analistas domésticos primam, haja ou não terramotos e ciclones.

  2. Acaba também o Expresso de provar que, afinal, foi bom ter havido aquele fumo – a baforada ocultou o desconforto em ter que se fazer raciocínios analógicos sobre o que de diplomacia útil aconteceu na Venezuela ou com a Venezuela. Há quem diga que António Braga está a fazer as suas analogias.

  3. Questão de género esclarecida no editorial - «a chancelarina alemã. Ângela Merkel».

  4. Daniel Oliveira, esse sim sem raciocínios analógicos para os 60 anos de Israel que, resumindo, apenas terá «libertação» quando a Palestina entrar no ano 1.

  5. E João Carlos Espada, a propósito de heroísmos, diz que «o cumprimento do dever com o risco da própria vida, designadamente em combate, é a mais elevada expressão do sentido de dever». Longe de analogias, há cumprimentos de deveres fora das democracias em que apenas as vítimas é que terão tido heroísmo, não havendo memória que ditaduras condecorem heróicos democratas. Ah! Sim, Edmund Burke.

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