Nuno Brito vai tomar posse como director-geral de Política Externa,
cargo-chave nas Necessidades.
Mas é hora de uma palavrinha sobre Bramão Ramos.
cargo-chave nas Necessidades.
Mas é hora de uma palavrinha sobre Bramão Ramos.
JUSTO Pois será justo reconhecer publicamente o trabalho do director político cessante, Vasco Bramão Ramos. Afinal de contas, foi ele quem arcou com a responsabilidade da presidência portuguesa da UE de 2007, quem a preparou em cima da hora, em circunstâncias muito difíceis - difíces porque herdou um vazio, nada ou pouco estava preparado.
Foi Vasco Bramão Ramos que orientou a presidência nos serviços dependentes, nas embaixadas, missões e múltiplas reuniões em teve de participar. Fez um trabalho notável, de grande competência, com brilho, motivando os funcionários, com sacrificio da sua vida pessoal, sem que, no fim de contas, tenha tido o expectável reconhecimento e gratidão do poder político. Gostaríamos de ter ouvido de José Sócrates e de Luís Amado, mais, melhor e a horas. Vasco Bramão Ramos é o protótipo do diplomata discreto, avesso à mediatização do ego para se enfronhar no trabalho - sabemos isso de há muito, pelo que não é favor nenhum dedicar-se-lhe estas palavras.
Chega ao fim mais uma etapa das Necessidades, ou talvez será mais apropriado dizer-se que começa «uma nova página», para bastantes diplomatas com algum sabor amargo, mais como a etapa terminou do que pela nova página que é virada. Até porque o maior partido da oposição tem um novo quadro ou figurino, como se queira, e, pelo menos no MNE, não se pode queixar de não ser considerado pelo partido do poder, como publicamente Ferreira Leite se queixou, e seria melhor que não se tivesse queixado.
Fica este registo. E é quanto basta, por ora.
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