* O senador brasileiro Paulo Paim (do próprio PT) lamentou a ocorrência de trabalho análogo ao de escravo nas plantações de cana-de-açúcar do país destinadas à produção de álcool, conforme tem sido constado pelos fiscais do Ministério do Trabalho. “
Só nos últimos cinco anos, 1.383 trabalhadores morreram na lavoura de cana e muitos deles, fatigados, tombaram em pleno canavial. Metade dos flagrantes de trabalho escravo ocorreu em canaviais”, denunciou o deputado perante o congresso brasileiro, acrescentando que
“em apenas uma destilaria de álcool do Mato Grosso do Sul os fiscais tenham encontrado 409 trabalhadores em condições análogas à de escravo”.
Paulo Paim fez esta denúncia no congresso para defender um projecto da sua autoria que fixa a jornada máxima de 40 horas para cortadores de cana, com direito a 20% por trabalho insalubre e perigoso. Além disso, a proposta prevê contratação de seguro de vida em grupo para esses trabalhadores e aposentadoria aos 25 anos de serviço.
Registe-se que pela primeira vez, preocupações com abusos de direitos humanos no sector de cana-de-açúcar, no Brasil, foram registadas no Relatório Anual da Amnistia Internacional relativo a 2007.
* Conforme reporta Eli Teixeira, da Agência Agência Senado
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