16 julho 2008

Conselho Diplomático. Da fama não se livra...

    CONTINUANDO... E prova de que o Conselho Diplomático não é estado-maior, nem conselho de magistratura e muito menos conferência episcopal, está em que os principais membros desse órgão do MNE - repita-se, órgão do ministério e não órgão da carreira embora os elementos seja desta - pois tais membros principais estão aí por inerência: secretário-geral (que preside), directores-gerais, inspector diplomático, por aí fora até 9, a que se juntam 8 representantes eleitos em cada grau da carreira (1 pelos embaixadores; 2 por plenipotenciários; 2 por conselheiros; 2 por secretários e 1 por adidos).

    Mas deixemo-nos de prolegómenos: é aos inerentes a quem cabe decidir, e da fama de quem têm decidido "no escuro" não se livram. Ou seja, decidem num encontro privado, sigiloso, no gabinete do SG, e da fama não se livram, que assim de fama tem sido, por exemplo quanto a promoções a ministro e algumas colocações (de gente de gabinetes, amigos, olim gente com cunhas, etc). Tudo "muito democrático". É certo que se criam umas comissões para o efeito, umas grelhas, que apenas servem para dar sustentação legal (aparente segundo a fama) aos "cozinhados" que depois o conselho faz aprovar.

    Ah! O Conselho Diplomático também faz pareceres. Um dos mais recentes e que por aqui se deu conta foi sobre o projecto de Regulamento Consular. Lá chegaremos, Fernando Neves! Já lá chegámos, Vasco Valente!

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