24 julho 2008

NOTADORES ■ Justiça, seis anos depois...

Por acaso trata-se de alguém
muito conhecido na Casa.
E não é lá muito sindicalista...
Do Notador Sagittarius de Melo


    RECEBI ONTEM uma notícia que me agradou especialmente: o outrora Vice-Cônsul de Portugal na Embaixada em Rabat, Fernão Quintanilha dos Santos, após um processo na justiça que durou mais de 6 anos, foi ilibado.

    Como é costume no MNE, com este "pessoal de segunda categoria", não há qualquer contemplação e, assim, resolveram exonerar o Vice-Cônsul, instaurar-lhe um processo disciplinar e entregar o caso ao Ministério Público. A acusação foi esta: ter permitido que o Chefe de Missão (naquela época era o Embaixador Brito e Cunha, já aposentado e sobejamente conhecido por ter arranjado problemas a vários colaboradores) utilizasse os dinheiros públicos como se fossem seus próprios (adquiriu viaturas acima do valor permitido; fez obras na Residência sem autorização, etc.). Esta situação não seria tão criticável se ao principal beneficiário destes gastos tivesse sido também instaurado um processo, mas não o foi e pelo contrário ainda foi arrolado como testemunha principal.

    Uma vitória para quem viu a sua vida durante mais de 6 anos destruída, mas uma vitória também para o STCDE cujo advogado o apoiou neste último ano.

    Por seu turno, o MNE mais uma vez se vê confrontado, com um processo. Será que a casa da diplomacia não deveria utilizar mais os mecanismos da negociação antes de recorrer à justiça? O ex-Vice-Cônsul, Fernão Quintanilha dos Santos, agora só quer ser reintegrado e ser recompensado (se algum dinheiro pode pagar este género de provação!) pelos anos de desemprego e abandono pelo Estado Português.

    Sagittarius de Melo

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