10 dezembro 2008

Calote do Equador ao Brasil.

via agência Senado

O possível não-pagamento ao Brasil, pelo governo do Equador, da dívida contraída junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Económico e Social, para a construção da hidroelétrica de San Francisco, produzirá um "efeito muito danoso" não só para o Brasil, mas para toda a região. A advertência foi feita pelo ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, no senado, perante a comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional .

O ministro recordou que o empréstimo foi firmado sob as regras do Convênio de Pagamentos e Créditos Recíprocos da Associação Latino-Americana de Integração, câmara de compensação onde se realiza, a cada quatro meses, um encontro de contas de créditos e débitos dos países signatários. A dívida pode ser considerada "irrevogável", segundo Amorim, pelas próprias regras do convénio.

    A 20 de novembro, recordou o ministro, o presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou a decisão de recorrer à Câmara Internacional do Comércio, em Paris, contra o pagamento do empréstimo, sob os argumentos de cobrança de juros sobre juros e de que parte dos produtos não teria sido proveniente do Brasil. Apenas um dia antes, relatou Amorim, o embaixador brasileiro em Quito, Antonino Marques Porto, havia visitado a chancelaria equatoriana e não havia sido informado da decisão.

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