- A propósito do Dia dos Direitos do Homem e do 60.º aniversário da Declaração Universal, vem o MNE agora dizer que, «Com o objectivo de assinalar esta data, Portugal propôs que fosse também hoje adoptado, em Nova Iorque, pela Assembleia-Geral das Nações Unidas, o Protocolo Facultativo ao Pacto Internacional de Direitos Económicos, Sociais e Culturais.»
Propôs para assinalar a data? Se não fosse a data não propunha? E se não tivesse sido uma iniciativa portuguesa que já se perde na poeira dos anos 80, repescaria? E se não se tivesse que falar mais uma vez de Catarina Albuquerque e do tal grupo de trabalho inter-governamental para um protocolo facultativo de duvidosa eficácia, saltaria com esta, hoje?
As relações internacionais também têm o seu provincianismo, e para o dia de hoje que é, isto foi deveras internacionalmente provinciano, sobretudo da parte de um país cuja justiça, por exemplo, tem um relógio tão lento que nem o Pacto lê bem quanto mais o protocolo facultativo.
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