04 dezembro 2008

Regresso de Cuba à OEA. Prevê novo embaixador brasileiro

via Agência Senado (Marcos Magalhães)

AO SENADO O QUE É DO SENADO Cuba poderá voltar a fazer parte da Organização dos Estados Americanos dentro de alguns anos, previu nesta quinta-feira (4) o futuro representante permanente brasileiro junto do organismo, embaixador Ruy de Lima Casaes e Silva. A sua indicação para o posto recebeu parecer favorável da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) e será agora examinada em plenário.

O governo de Cuba - e não o Estado cubano, como ressaltou o embaixador - foi excluído da OEA em 1962, durante reunião realizada em Punta Del Este, no Uruguai, no auge da chamada Guerra Fria, que colocava em campos opostos os Estados Unidos e a então União Soviética. O governo cubano, na época, tornava-se cada vez mais próximo de Moscovo.

- Não justifico a suspensão, mas havia elementos naquela época que conduziram a essa decisão. O quadro mudou totalmente, e um dos temas ventilados hoje é a reincorporação de Cuba. Não é um fato simples, mas estaria no campo visual da organização para os próximos anos - disse Casaes, cuja indicação teve como relatora ad hoc a senadora Serys Slhessarenko (PT-MT).

Fundada em Bogotá no ano de 1948, como recordou o embaixador, a OEA tornou-se a primeira instituição internacional a fazer da democracia um "elemento essencial" à participação dos Estados membros. Atualmente, ressaltou, a atuação da organização, que classificou como o "principal foro político do hemisfério", está ligada a temas como a própria democracia e a preservação dos direitos humanos.

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