23 setembro 2009

BRIEFING " Estropiados

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Alfredo Barroso
Nuno Rogeiro
José Manuel Fernandes


PELO QUE SE OUVE & LÊ Mina antipessoal - Deflagrou, estropiou. A contra-informação, procedimento que sobretudo a televisão banalizou como momento de humor mas não é, quando levada à alta política transforma-se em verdadeira mina antipessoal – caso deflagre por este ou aquele motivo, mesmo que por um motivo inesperado ou não calculado, os efeitos tanto podem vitimar um santo inocente como o próprio autor, seja este um acessório isolado ou parte de autoria em cadeia. Ora, a coisa podia ter ficado pelo anúncio de Louçã sobre quem foi – ficaria por aí, como muito de Louçã por ali fica; também podia ter sido descrita a mesma coisa pelo DN eventualmente «com base num e-mail cuja proveniência e autoria não se revela por imperiosos motivos éticos e deontológicos» - ninguém acreditaria e andaria o país a perguntar por largos meses de onde veio o e-mail sem se interessar grandemente pela substância; mas apenas porque o e-mail foi reproduzido e a substância posta à evidência, quem duvida da gravidade de uma inventona sobre escutas do primeiro-ministro ao presidente da República, mina antipessoal que deflagrou por motivo não calculado (o e-mail…) motivo esse que tanto faz que se considere mal ético maior ou mal deontológico menor - deflagrou, estropiou.

  1. Se fosse nos EUA Bem! Se fosse nos EUA, sublinha Alfredo Barroso no DN, «levaria à renúncia do Presidente», «o mandato estaria em risco», só que «em Portugal, os grandes escândalos políticos esvaziam-se muito depressa».

  2. Aquele debate na SIC Oh Nuno Rogeiro! Para quê tanto trabalho? Se Cavaco fosse sérvio, Lima kosovar e Sócrates croata, lá teríamos nova guerra nos Balcãs e estaria tudo explicado sem mais jogos de cintura.

  3. Das duas uma A reter do editorial de José Manuel Fernandes, ontem no seu Público: «… das duas uma: ou a seguir a 27 de Setembro (Cavaco) fundamenta as suas suspeitas, e age em conformidade, ou se se limitar a iniciativas pífias terá enfraquecido a sua autoridade como chefe de estado, porventura de forma irremediável».

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