03 novembro 2009

Operacionalização...

Expressão que já se conhece de  há muito: "O esforço adicional de continuar a participar em todos os núcleos de integração aprofundada...", a que se acrescenta acriticamente a engenhosa palavra  "operacionalização", do verbo operacionalizar, sobretudo, operacionalizar inovações, tornar operacionais inovações - o que não competirá propriamente ao governo de Lisboa por mais empenhado que se manifeste. Mas além da forma como o MNE operacionaliza no Programa do XVIII, é curiosa a preocupação com a legitimidade democrática da União Europeia preconizando-se a receita operacionalizada da "obtenção de resultados mais próximos dos cidadãos" e a posologia das comemorações - o que em Portugal funciona e dá alegria nos gastos com brochuras, logotipos, fogos de artifício, acções com os dinheiros do FRI, colóquios entre meia dúzia, seminários de 14, conferências de oradores para oradores.

      O Governo manterá o firme empenho na concretização da entrada em vigor do Tratado de Lisboa e, muito em particular, na operacionalização das várias inovações nele anunciadas, impondo-se o esforço adicional de continuar a participar em todos os núcleos de integração aprofundada, tal como no passado, desde Schengen ao Euro.
      Importa capacitar a União para a obtenção de resultados mais próximos dos cidadãos, conferindo-lhe maior legitimidade democrática. A este respeito, as comemorações dos 25 anos da adesão de Portugal à União Europeia constituirão uma oportunidade singular.
      No plano externo, o Governo continuará a defender o estrito respeito pelos compromissos assumidos no âmbito do consenso europeu em torno do alargamento.

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