08 novembro 2009

VATICANO È Alô, Frei Bermudas! O que faz a diplomacia do papa?

È - Alô, Frei Bermudas! Que novidades diplomáticas neste santo dia do senhor ?
- Novidades não serão... Mas noto que você já deve andar convertido com essa referência ao santo dia ! Não lhe faz mal. Pois bem, indo ao que me pergunta, o papa vai entrar num mês com agenda internacional intensa – audiências a nove chefes de estado e a três chefes de governo em Novembro, o que sai da rotina do Vaticano. A primeira dessas audiências foi há dois dias, sexta-feira, com o presidente do Cazaquistão, Nursultan Nazarbayev. Já é sabido neste encontro foram abordados assuntos como a crise económica, o diálogo inter-religioso e a promoção da paz em função da presidência cazaque da OSCE em 2010. Envio-lhe uma foto de Nursultan Nazarbayev que gosta de música...

- A que se deve essa agenda tão internacional do papa ?
- Responsáveis do Vaticano com quem tenho falado, dizem-me que isso se deve à participação do papa no sínodo sobre África que se realizou entre 4 e 25 de Outubro. Pessoalmente penso que a explicação para esta aceleração da agenda internacional da Santa Sé não deva ser apenas isso…

- Pode-se falar assim em aceleração ?
- Talvez. Nesta semana que entra, Bento XVI recebe em audiência os primeiros-ministros croata, húngaro, sérvio e checo e, no dia 18, será a vez da líder do governo do Bangladesh. Seguem-se os chefes de Estado do Suriname, Koweit, Chile e Argentina. Michelle Bachelet, do Chile, e Cristina Kirchner, da Argentina, chegam juntas ao Vaticano, para comemorarem o 25º aniversário do acordo que pôs fim ao diferendo sobre o canal Beagle.

- Já agora que está aí no Vaticano, o embaixador Rocha Páris está de saída ?
- Ao que me consta, não está de saída para já, mas vai estar dentro de uns cinco, seis meses. O embaixador Rocha Páris atinge o limite de idade em 19 de Abril de 2010 e é isso.

Sem comentários: