Em palacete de Faro onde Aleixo fora contratado para trabalhos no jardim, certo dia estava como convidado o poeta António Botto que durante uma refeição manifestou o desejo ou interesse em conhecer o seu colega popular. Chamado, Aleixo entrou na sala e, disfarçando a fome, manteve-se em silêncio interrompido pela dona e amiga de Botto: “Então Aleixo! Que malcriado! Chamei-te para dizeres uma quadra a este senhor que é um dos maiores poetas do país e tu não dizes nada?”. Foi então que Aleixo enquanto dava meia volta para abandonar a sala, lá disse a quadra:
- Anda toda esta canalha
- De banquete em banquete,
- Enquanto o povo que trabalha
- Come o caldo sem azête.
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