25 julho 2010

Venezuela/Colômbia, visto de muito perto... do Brasil

Escreve Paula Schitine (Resenha EB) que, segundo analistas, a ruptura diplomática entre Venezuela e Colômbia tem um aliado: a Chancelaria brasileira, que reúne esforços para que as questões entre os vizinhos permaneçam na América do Sul. Qual o prejuízo desse conflito para Colômbia e Venezuela?

Acrescenta:

Os problemas políticos entre os dois presidentes resulta em prejuízos econômicos para a Colômbia, porque a economia venezuelana é exportadora de petróleo e importadora de tudo o mais, e importava muito da Colômbia, que é um país com grau razoável de desenvolvimento. Com o rompimento das relações, foi se reduzindo o comércio, e a Venezuela passou a comprar em outros países, inclusive do Brasil. E esse conflito não atende aos interesses dos empresários colombianos. O Brasil apoia a Venezuela e pressiona para deixar os Estados Unidos de fora da discussão. Esse apoio pode prejudicar as relações com os americanos? A posição brasileira é mito clara pelo fortalecimento da Unasul, por entender que a América do Sul tem uma identidade e interesses em comum e quer a integração. E, no ambiente da OEA, os Estados Unidos jogam na fragmentação, nas relações bilaterais. Não nos interessa a intervenção dos Estados Unidos, porque os interesses não são convergentes. E isso não tem nenhum prejuízo, porque faz parte do processo diplomático, cada país defende os seus interesses. Acha que pode haver um conflito armado? Não acredito nisso, porque os problemas que levaram a um rompimento não são significativos tão graves que justifiquem uma guerra. A guerra não interessa a nenhum dos dois, especialmente num momento de transição de governo. Porque o presidente Álvaro Uribe sairia desgastado, e o próximo presidente, Juan Manuel Santos, não vai querer começar um mandato com guerra.

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