18 agosto 2010

Camões. Estamos a ver

Estamos a ver aquilo por ali, pelo Camões, e vai demorar. Como se sabe, as competências do instituto ficam nos infinitivos - assegurar, promover, coordenar, estimular... Não se encontra uma referência a que lhe compete decidir, ter a palavra. E, para além dos concursos para lugares de ensino, ainda não se encontrou coisa clara quanto à forma como são preenchidos os postos de coordenação e que é o fundamental. Fundamentalíssimo Nomeados por arbítrio da tutela política? Aparecidos por jogadas de grupos de pressão, que é o que mais há por entre os excelentíssimos portugueses da para-diplomacia cultural paga pelo estado, melhor, pelo contribuinte? Nomeados pela presidente do instituto? Por provas dadas, mostradas e comprovadas? Há concurso público ou não há para tais funcionários? Estamos a ver. Primeiro a decência, a ver se é decente. Depois chegará a vez dos acordos culturais.

Mas para já, pelo menos virtualmente, o Camões parece respirar outro ar e, comprovadamente, já não conjuga o verbo eu - o que é um grande passo em frente, melhor, uma boa correção de rumo.

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