17 agosto 2010

Conselheiros. Concurso ou salto à vara?


Para que servirá um secretário de embaixada que nunca pedinchou nada e nunca foi batráquio, para quê preparar um currículo comentado, anexar documentos relevantes, testemunhos insofismáveis de superiores hierárquicos que teve na carreira, ou até de pessoas exteriores à carreira com quem lidou em diferentes funções, se for ultrapassado por manobristas de secretaria e jogadores de influências espúrias?

Para que servirá esse mesmo secretário de embaixada ter as mãos limpas, sem qualquer problema disciplinar nos anos de carreira, e ter-se dado sempre bem com a generalidade de colegas e embaixadores, e ter desempenhado funções com competência e eficácia em pospos e postos, se tudo isso fica submergido por conluios indecifráveis e combinatas atrás de biombos?

É por isso que, sendo o concurso público por natureza, não se exclui verificar se a natureza dá saltos. Saltos de lugares na carreira: em comprimento, em altura, à vara... Sim, à vara.

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