21 janeiro 2011

Ouvir

Sim, mau, é muito mau que, a propósito da legislação sobre o pessoal especializado do MNE, a própria direção da Associação de Diplomatas tenha sido forçada a dizer não foi ouvida. E que "independentemente da exigência legal de o ser ou não (e, neste particular, a lei manda que a ASDP o fosse), tanto o facto de serem diplomatas a chefiar os postos em que estes conselheiros irão exercer a sua actividade; como o facto de os funcionários diplomáticos poderem, nos termos da Lei, desempenhar estas funções de carácter técnico, aconselhariam a que o fosse".

Se os diplomatas, que são o ouro da Casa, não são ouvidos nem achados para matérias em que a sua atividade de alto interesse público porque são de Estado se cruza, como é que o bronze e a prata da Casa pode ser considerada, para não falar da lata da Casa?

Pelo menos, ouvir. Ouvir.

Obviamente que se pode concordar com qualquer defesa exacerbada de interesses corporativos proveniente dos egoismos organizados, mas não é o caso. E o caso é o de se acabar de vez com as suspeitas de mordomias no estrangeiro porque quando elas são demais não prestam e geram sidónios na cave.

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