15 fevereiro 2011

Ficou muito por dizer...


É verdade. Ficou muito por dizer. E então a propósito do improviso de Luís Amado no Conselho de Segurança (brilhante, repetimos sem favor). Tivesse sido de um MNE espanhol, e El País, El Mundo, La Vanguardia, etc... teriam dado primeira página, grande desenvolvimento lá dentro, embandeirado em arco. Aqui? Foi o que se viu. A coisinha de passagem e de circunstância. Mas, tardiamente, lá se registou aquele episódio do MNE indiano, com um dos matutinos de referência a noticiar que Amado deixara cópia do discurso no púlpito! Mas qual púlpito no Conselho de Segurança? Mas qual deixar cópia se foi discurso distribuido pelas bancadas circulares do conselho que nunca teve púlpito? Escreve-se sobre o joelho, presta-se atenção ao folclore, ao pequeno escândalo... Mas, também é culpa do MNE, dos serviços de informação do MNE, da máquina do MNE que não há meio de perceber o que é uma diplomacia moderna e como como se faz uma diplomacia transparente - transparente em tudo, no que é bom não sendo elogio em causa própria, e no que é menos bom por respeito pelo cidadão que pode até ser diplomado mas não é parvo. A Lusa não faz milagres e o zelo corporativo já foi chão que deu uvas.

1 comentário:

patricio branco disse...

os presentes leram um discurso e ouviram outro...