Nem sei porque razão. A propósito destas coisas portuguesas, de repente, uma grande vontade em rever o filme Macunaíma de Joaquim Pedro de Andrade, adaptação em 1969 da obra que Mário de Andrade escreveu em 1928 e de rajada, em apenas 30 dias, quando passava umas férias em Araraquara, interior de São Paulo. E vontade mais de rever o filme, que reler o romance. Sobretudo aquelas passagens de autofagia daquele herói sem causa, e que morre em vão, símbolo de um Brasil sem projeto e em crise com a sua identidade. Acaba por assentar bem para qualquer país sem uma noção forte de coletivo, qualquer país que tenda para a autodestruição, país que se devore a si mesmo… A cor da pele é indiferente que a metáfora não tem cor.
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